quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Meio romance...


Isso nunca foi um romance, quem sabe só pelo se guardar.
Pode ter sido um romance, daqueles de longe, sem tocar.
Seria um romance que lia no teu calar?
Romance de mansinho com medo de acabar.
Não diga que perdi a chance de te amar
Que morro de espanto... de encanto... de sonhar.
Ai de mim e de nosso romance que esperam,
um dia, o brilho do teu olhar.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Meio de volta...


Andava ausente de tudo...
Com saudades da menina de olhar de estrelas cadentes, das velhas cartas a Papai Noel não respondidas, das minhas bonecas tão vivas e companheiras, dos segredos esquecidos e guardados nas páginas singelas de meu diário amarelado, do cheiro de velhos livros novos...
Até minha rosa artificial murchou nessa longa espera... em casa só há a falta e eu.
Aprender a crescer é doloroso... é uma marca que carregamos para sempre. Algumas vezes cicatrizada, mas que ao menor toque desajeitado, fica em carne viva.
Viver é esfregar as marcas expostas todos os dias, cobri-las com camadas de pó compacto e rezar para que as outras pessoas não notem sua fragilidade.
Escrever é remexer na pele sensível e aplicar uma pomada de anestesia.

E há tanta coisa para dizer... e eu fico aqui.
Nessas linhas mal escritas que querem acabar com essa sede insaciável de dizer.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Relato do "eu" em crise.


Às vezes bate uma desilusão... um vazio inexplicável por dentro. Aí já não basta escrever, faltam palavras verdadeiras na mente e precisamos escapar da vida. Continuar respirando, sorrindo, fingindo pro espelho que está tudo bem. Mas nada parece tocar além da superfície... buscamos o passado, tentando relembrar como éramos felizes. E nos pegamos aos velhos amores para não sofrer com os próximos, empurrando com a barriga os dias que se sucedem, parecendo sempre iguais aos anteriores. E a felicidade nos parece um pote de ouro ao final do arco-íris... Tudo bem que esse só aparece depois da chuva, ou através de um gota. Esperemos que ele apareça após as gotas de lágrimas que molham o meu teclado.
Eu estou bem, mas esse "bem" é sempre tão igual que até se transforma em coisa ruim!

Deixa eu sofrer um pouco com não-sei-o-que... isso faz parte desse longo processo de crescimento que se chama vida.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Piores ou melhores?


Às vezes, vemos as pessoas como se elas estivessem em um pódio ou em raias de corridas. De acordo com esse critério, sempre existe alguém melhor e alguém pior, alguém que vence e alguém que perde... Mas, na verdade, não existem vencedores e vencidos. Nós é que temos que atingir o nosso ponto melhor e vencer o nosso ponto pior. As comparações com as outras pessoas não nos levam muito longe, só servem como exemplo ou referência. Nossa verdadeira luta é vencer os próprios limites, e não para derrubar nossos supostos concorrentes.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

“No templo há uma poesia chamada “Perda” entalhada na pedra.
Ela consiste de três palavras que depois foram arrancadas pelo poeta.
Ninguém pode ler a Perda, só senti-la.”

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Validade...


O mundo está cheio de palavras novas
Mas todas parecem ter prazo de validade.
Depois do teu, nenhum outro nome me coube na boca para sempre.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

"Era Uma Vez..."

Era uma vez? Conto de fadas? Príncipe encantado? Princesa adormecida? Madrasta má? Sapatinho perdido? Fada madrinha? Felizes para sempre?

Nem tanto. Diria que: Era uma vez a realidade. Era uma vez o pobre e o rico. Era uma vez o honesto e o bandido.
É um filme. É uma realidade que fingimos não enxergar para ver se não incomoda. Porque tem gente passando fome, porque tem gente que vive por um mês com o dinheiro que gastamos em poucos dias (e olhe lá!).
Porque tem gente honesta nas cadeias. Porque há bandidos pelas ruas. Porque tem gente batalhando para fugir da marginalidade.
Porque tem quem acredite que há esperança, quem lute pelo futuro, quem dê oportunidade a quem merece.
Há ainda os que amam sem importar a cor da pele, o salário do mês, o endereço e a marca da roupa.

"Minha mãe sempre me disse... que rico é rico e pobre é pobre...mas toda vez que eu via ela... eu me esquecia disso."

Porque esse filme podia ser a minha história, ou a sua. Só precisamos lutar para mudar o fim. Vamos recomeçar... Olhar além do próprio umbigo.

"Não sei se esse país ainda tem jeito. Mas se as pessoas olhassem com mais atenção umas para as outras, talvez fosse diferente".
Thiago Martins

quinta-feira, 4 de setembro de 2008


Pobre da minha rosa com teu mal-me-quer...

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

O brilho do seu olhar.


Esse seu olhar cheio de estrelas
encanta mas engana.
Assim como elas, continua brilhando quando a vida se apaga.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Era uma vez...


Ele não sabe o que se passa dentro da casa, quando cerro as janelas, apago as luzes e desisto de lutar.

É que meu pensamento te busca no instante entre o sonho e o acordar.
E aquela nossa história nunca termina realmente.
Pobre amor que todo dia se reinventa no breve tempo de se contar.
Pobre beijo que ficou no quase.
Pobre e lindo romance contido e contado em poucas linhas.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

“ Para algumas pessoas, o amor desaparece inexplicavelmente. Para outras o amor está simplesmente perdido. Mas é claro que o amor também pode ser encontrado, mesmo que só por uma noite. Há também outro tipo de amor, o do tipo mais cruel, aquele que quase mata suas vítimas, chama-se amor não-correspondido. E nesse sou especialista. Na maioria das histórias de amor, um se apaixona pelo outro. Mas e quanto ao resto? E as nossas histórias? Daqueles que se apaixonam sozinhos. Somos vítimas do amor que não é recíproco, amaldiçoados pelos amados, mal-amados, feridos sem prioridade, deficientes sem o melhor lugar no estacionamento. Eu sou uma dessas pessoas.”

domingo, 31 de agosto de 2008

Ir ao cinema sozinha.


1. Amor à sétima arte;
2. Achar que faz parte da personagem;
3. Todas as suas amigas estão namorando;
4. Você estar solteira;
5. Sendo solteira, gostar de comédias românticas;
6. Ter amigos que vão ao cinema apenas no final de semana;
7. Ter dinheiro apenas para as sessões de quarta;
8. Não encontrar sua amiga na hora e no local marcado;
9. Precisar comprar algo no shopping e pensar que o filme que queria assistir começará depois das compras;
10. Seu ônibus quebrar bem em frente ao cinema.

Aspectos negativos:

1. Não ter com quem dividir a pipoca;
2. Não ter com quem dividir o preço da pipoca;
3. Não ter a quem perguntar o que foi que o personagem falou;
4. Não ter alguém que te esquente quando a sala está fria e você esqueceu seu casaco;
5. Não dividir um sorriso;
6. Não dividir uma lágrima;
7. Não ter com quem discutir as melhores partes do filme;
8. Não há alguém que ocupe, silenciosamente, o tempo da sessão quando você não gosta do filme.

Conclusão:

De qualquer forma, temos que aceitar as coisas como elas são. Se me agrada ir a um lugar específico, não importa se sozinha ou acompanhada, farei o possível para ir e me divertir.
Não devo atribuir à outra pessoa a responsabilidade de me fazer feliz.
Vamos vivendo intensamente todas as etapas da nossa vida. Esse é o segredo de ficarmos bem conosco e com o resto do mundo.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008


Sou uma garota boba falando de coisas bobas.
Sou uma garota boba com sentimentos bobos.
E quem disse que isso é tolice?
No final, sou uma garota falando de seus sentimentos.
Sejam eles bobos ou não, merecem respeito.
Bobeira mesmo é desrespeitar sentimentos alheios.
Tolice maior é desrespeitar os seus sentimentos.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Doce, mas nem tanto...

Minha vida é um sonho de padaria.
No início, aquele gostinho bom na boca. Hummm!
Depois de várias mordidas, aquele intragável enjoar. Balanço de barco, pra lá... pra cá.

Nem parti e perdi a direção da trilha.
E o álbum está cheio de sorrisos amareladamente alegres.
Meu diário está em branco, salvo o teu nome no cantinho de “não esquecer”.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Gema mandou não quebrar a corrente...

Quatro empregos que já tive:
- do lar;
- professora estagiária;
- secretária de cursinho;
- revisora.

Quatro filmes que assisto sempre que passam:
- As Patricinhas de Beverly Hills;
- Patch Adams – O Amor é Contagioso (e choro todas as vezes...);
- Um Amor Para Recordar;
- Orgulho e Preconceito.

Quatro lugares que já morei:
- Cidade Satélite, Natal/ RN;
- Soledade II, Natal/ RN;
- Eucaliptos, Parnamirim/RN;
- Terra dos devaneios, meu mundo particular.

Quatro programas que vejo na TV:
- Arquivo X (via... uma pena!);
- Monk;
- Supernatural;
- Gilmore Girls.

Quatro pessoas que me mandam e-mail regularmente:
- Grupo do AR (e-books);
- minhas amigas (mensagens para afirmar que eu sou uma amiga maravilhosa. Hehe!);
- minha ex-chefe (manda coisas engraçadas, geralmente com homens vestidos reduzidamente. Affffff! );
- alguém querendo me tirar do SPC ou Serasa (aguardando entrar para ver se funciona!).

Quatro coisas que você faz todos os dias:
- durmo;
- como;
- lavo louça;
- tomo banho.

Comidas que gosto:
- chocolate;
- manga verde com sal;
- camarão;
- massas.

Quatro lugares que gostaria de estar:
- Paris;
- Amsterdã;
- Pasárgada;
- Terra do Nunca.

Quatro blogueiros que indico para dar continuidade a essa correntinha legauz:
- Ana;
- Mad;
- João Eduardo;
- Chagas.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

E quem vai dizer que não?


- Se eu beijar você agora eu vou querer beijar muito mais, a vida inteira. Eu vou querer casar com você para beijar você toda noite. Até toda noite virar um noite ou outra. Até uma noite ou outra virar de vez em quando. Até de vez em quando virar nunca mais. Até que esse amor, que agora é tão grande, nem se lembre mais como era no passado. Eu não posso ficar com você, eu não quero gastar esse amor. Eu quero lembrar dele assim, para sempre, do jeito que a gente está sentindo agora.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Diferenças...

Você apareceu com as mãos cheias de flores e palavras doces. As flores são lindas.
As palavras confortam.

Eu, por outro lado, tenho as mãos vazias, mas o coração cheio.
As flores perfumam o meu jardim... prefiro admirá-las, ao invés de possuí-las.
E acho que o silêncio expressa melhor o verdadeiro sentimento.

As mãos tocam a pele.
O coração cheio, a alma.

Os opostos se atraem, mas são os semelhantes que dividem e se somam.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

E ainda dizem que o poeta é um fingidor...

Eu finjo que estou bem para quem me pergunta como vou.
(Também essa pessoa fingia que queria saber de mim – eu penso.)

Finjo que não ligo para as coisas para “viver” melhor.
Disfarço.
Viro o rosto.
Mudo de lado na rua.

Assim não penso.
Assim não sofro.
Assim não dói.

Mantenho o meu sorriso tolo.
E me faço de boba...
É bem mais fácil fugir.

Eu finjo que não penso mais em você.
Ou finjo que você pensa em mim.
Assim me conforta.

Eu finjo que crianças passando fome é ficção.
Finjo que no país não há corrupção.
Assim não incomoda.

Para não sair do meu mundo perfeito.
Para não trocar minhas lentes cor-de-rosa.

Enxergar a verdade (e viver) dói demasiadamente... profundamente.
Mas você é quem escolhe...

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Desejo nº 1


Eu quero uma casa no campo para viver cercada de amores-perfeitos.