quinta-feira, 28 de maio de 2009

Como crescer criança...

Gosto de banho de chuva, algodão doce, palhaço, riso, inventar mundos, cultivar amores. Acho graça onde não há sentido. Acho lindo o que não é. O simples me faz rir, o complicado me aborrece.
O que importa é o que faz os meus olhos brilharem, o coração bater forte, o sorriso tomar a cara, os pés saírem do chão. O resto eu risco, rabisco, “rebolo” debaixo da cama.
Medo eu tenho um monte. Tenho medo de cair, de quebrar, de levantar, de ganhar, de perder, de viver, de morrer, de te ver, de amar, de não amar...
Mas perco o rumo, ralo o joelho, bato de frente com a cara na porta: não sei aonde quero chegar, mesmo assim vou andando. Sempre me perguntando quanto falta, se está perto, com que letra começa, se vai ter fim, se vai dar certo.
Eu sou assim. Já mudei, já aprendi, já fiquei de castigo, mas quando chega a hora do recreio, aí vou eu... pinto e bordo, faço bico, faço manha, choro quando dói, choro quando não dói.
Eu sou criança.
E vou crescer assim.