quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Meio romance...


Isso nunca foi um romance, quem sabe só pelo se guardar.
Pode ter sido um romance, daqueles de longe, sem tocar.
Seria um romance que lia no teu calar?
Romance de mansinho com medo de acabar.
Não diga que perdi a chance de te amar
Que morro de espanto... de encanto... de sonhar.
Ai de mim e de nosso romance que esperam,
um dia, o brilho do teu olhar.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Meio de volta...


Andava ausente de tudo...
Com saudades da menina de olhar de estrelas cadentes, das velhas cartas a Papai Noel não respondidas, das minhas bonecas tão vivas e companheiras, dos segredos esquecidos e guardados nas páginas singelas de meu diário amarelado, do cheiro de velhos livros novos...
Até minha rosa artificial murchou nessa longa espera... em casa só há a falta e eu.
Aprender a crescer é doloroso... é uma marca que carregamos para sempre. Algumas vezes cicatrizada, mas que ao menor toque desajeitado, fica em carne viva.
Viver é esfregar as marcas expostas todos os dias, cobri-las com camadas de pó compacto e rezar para que as outras pessoas não notem sua fragilidade.
Escrever é remexer na pele sensível e aplicar uma pomada de anestesia.

E há tanta coisa para dizer... e eu fico aqui.
Nessas linhas mal escritas que querem acabar com essa sede insaciável de dizer.