segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Meio de volta...


Andava ausente de tudo...
Com saudades da menina de olhar de estrelas cadentes, das velhas cartas a Papai Noel não respondidas, das minhas bonecas tão vivas e companheiras, dos segredos esquecidos e guardados nas páginas singelas de meu diário amarelado, do cheiro de velhos livros novos...
Até minha rosa artificial murchou nessa longa espera... em casa só há a falta e eu.
Aprender a crescer é doloroso... é uma marca que carregamos para sempre. Algumas vezes cicatrizada, mas que ao menor toque desajeitado, fica em carne viva.
Viver é esfregar as marcas expostas todos os dias, cobri-las com camadas de pó compacto e rezar para que as outras pessoas não notem sua fragilidade.
Escrever é remexer na pele sensível e aplicar uma pomada de anestesia.

E há tanta coisa para dizer... e eu fico aqui.
Nessas linhas mal escritas que querem acabar com essa sede insaciável de dizer.

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